Assim
como, há muito tempo, a ciência fabrica vacinas para as doenças de origem
física, no futuro acredito, fabricará vacinas para as doenças de origem
comportamental, “vacinas do comportamento” uma vez que, penso, todos os
distúrbios dessa área, as delinquências e a opção pelo mal que indivíduo faz
pela vida a fora, tem seu começo e causa no início da formação cognitiva e neurológica, e,
acomete o ser humano, desde a vida intrauterina, a partir da formação do
sistema nervoso central, para o resto da vida.
As
“vacinas do comportamento” serão constituídas pela aplicação de “conhecimentos e
ou experiências sensoriais especificas”, cientificamente elaboradas, que todo
cérebro “virgem” deve receber para formar, corretamente o “software psicológico" sob o qual será construída a estrutura neurológica e
cognitiva. Condição, absolutamente, necessária para uma perfeita elaboração dos
conceitos éticos e morais, bem como a formação dos princípios que fundamentarão
uma relação futura, coerente, com a questão da opção pelo “bem” e o “mal”.
Acredito
que a má formação cognitiva e neurológica, seja provocada pela ausência de uma
educação inicial, científica e pedagógica, e é a principal determinante dos
distúrbios de comportamento no ser humano. Acredito que a conduta antissocial, não
seja causada apenas por determinantes de natureza fisiológica, mas,
principalmente pela influência do meio, através da relação equivocada com as
gerações adultas, desde a vida intrauterina, até a adolescência.
A
influência das gerações adultas e a educação (não científica), são as
responsáveis pela má formação da estrutura cognitiva e neurológica do
indivíduo, e começa com a formação do sistema nervoso central na vida intrauterina. Fato que poderá determinar, pela vida toda, uma relação incoerente com
o bem e o mal. Como também poderá explicar a relação com os distúrbios de
comportamento, de caráter, e de personalidade de toda ordem, inclusive a
manifestação das doenças neurológicas como a esquizofrenia, o autismo, a
Síndrome de Asperger e outras. Neste sentido, a opção pela delinquência, ou por
qualquer tipo de opção pelo mal, por exemplo, são determinadas pela forma, com
que as primeiras informações e experiências, impressionaram, primariamente, o
cérebro virgem dos bebês.
A
natureza, a qualidade, a intensidade e a ordem dos conteúdos, experiências e todos
os tipos de sensações recebidas, nas diferentes etapas do desenvolvimento
cerebral, desde de a formação do sistema nervoso central (cérebro virgem) até a adolescência, vão determinar de forma decisiva a formação do eu chamo de
“software psicológico”, absolutamente, necessário para que o “hardwere”
(cérebro virgem), possa formar, corretamente, sua estrutura neurológica necessária ao processamento da relação conceitual com a noção de
bem e de mal, de certo e de errado, de forma lógica e coerente; sem equívocos, para
o resto da sua vida. Se este processo, complexo, delicado e minucioso, for ignorado e negligenciado
como vem sendo até então, pela falta de uma ciência pedagógica, o resultado é o
que conhecemos há milênios: a humanidade produzindo, pela falta de conhecimento,
século após século, seus próprios delinquentes.
No
futuro, o conhecimento humano ainda vai provar que estas experiências iniciais recebidas
pelo cérebro “virgem”, devem ser exclusiva e absolutamente científicas e
respeitar rigorosos princípios pedagógicos e psicológicos a ser definidos, sob
pena de prorrogarmos, indefinidamente, os problemas da educação do ser humano e
de sua opção pela delinquência e outros prejuízos para o convívio social e pessoal,
por exemplos, retardando assim, a eliminação da delinquência, do meio da humanidade...
Antonio Ferreira Rosa.